sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Prender Eduardo Cunha é ‘chutar cachorro morto’, quero ver a Lava Jato prender um tucano

Prender Eduardo Cunha é ‘chutar cachorro morto’, quero ver a Lava Jato prender um tucano por Emanuel Cancella, em seu blog Antes de citar os tucanos gostaria de falar dos ministros do governo Lula e Dilma, presos pela operação Lava Jato. Antonio Palocci e Paulo Bernardo foram presos às vésperas da eleição municipal, numa clara jogada eleitoral. E José Dirceu, ministro da Casa Civil do governo Lula está preso há anos com base no seguinte parecer jurídico : “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite” (1). Em contrapartida, no governo golpista de Michel Temer, dos 24 ministros, 15 são investigados ou citados na Lava Jato. Nenhum deles preso !(2). A nossa justiça é a mais cara do mundo e também a mais corrupta e parcial. Os tucanos, com uma folha corrida de fazer inveja a qualquer organização criminosa do país, quiçá do mundo, não possui um membro sequer atrás das grades. A contribuição dos tucanos ao mundo do crime vai da compra de votos da reeleição de FHC (8), ao escândalo das compras das ambulâncias envolvendo o tucano José Serra (5). Seguindo com o propinoduto do metrô de São Paulo, que envolve os governos tucanos de São Paulo, de Mario Covas a Geraldo Alckmin (6); o escândalo do banco Marka e FonteCidam, no governo de FHC, que, em 1999, deu um rombo aos cofres públicos de mais de R$ 1 BI (7). Na lista de Furnas, entre os nomes estão o do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e dos políticos José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Delcídio Amaral, Roberto Jefferson, Jair Bolsonaro, Maria Gross Schloss ,dentre muitos outros — com aproximadamente 150 envolvidos (3). Há ainda o desvio da merenda de São Paulo envolvendo o governo de Geraldo Alckmim (4). A operação Lava Jato teria surgido como uma esperança de justiça, mas logo é desmoralizada. Primeiro porque levou meses para prender o deputado Eduardo Cunha. Foi preciso o povo, no aeroporto Santos Dumont, gritar “pega- ladrão” para ele ser preso. Mas é no trato com os tucanos que a Lava Jato mais se desacredita: – Apesar das inúmeras delações, a Lava Jato não investiga o governo de FHC na Petrobrás, nem com FHC reconhecendo em seu próprio livro, Diários da Presidência, que em seu governo havia corrupção na empresa. – Perseguem o filho de Lula, sem provas, mas fazem vista grossa com o filho de FHC, citado em falcatrua na Petrobrás, pelo ex-diretor da Petrobrás, preso, Nestor Cerveró, (9). – Senadores tucanos, citados em delação, continuam em liberdade como Antonio Anastasia, Aloysio Nunes e Aécio Neves, este mais de cinco vezes delatado. Não é só na Lava Jato que a Justiça protege os tucanos, pois os crimes do mensalão e o do banco Marka e FonteCidam prescreveram sem julgamento. E os outros crimes vão pelo mesmo caminho. O fato é que, apesar do envolvimento dos tucanos em varias maracutaias, nenhum deles foi preso. Essa é a nossa Justiça: contra o PT e Lula, sem provas, mas com convicção e, na defesa dos tucanos, mesmo com provas, a prescrição. 1 – http://cartamaior.com.br/?/Coluna/O-ultimo-julgamento-de-excecao-e-o-fim-de-uma-farsa/29577 2 – https://www.brasil247.com/pt/247/poder/260736/Dos-24-ministros-de-Temer-15-s%C3%A3o-investigados-ou-citados-na-Lava-Jato.htm 3 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_Furnas 4 – https://brasilcorrupto.wordpress.com/r40-milhoes-desviados-da-merenda-escolar-em-sao-paulo/ 5 – https://limpinhoecheiroso.com/2012/10/15/recordar-e-viver-ministro-serra-a-operacao-sanguessuga-e-o-escandalo-das-ambulancias/ 6 – http://www.viomundo.com.br/denuncias/istoe-assalto-tucano-em-sao-paulo-foi-de-r-425-milhoes.html 7 – http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/10/caso-marka-fontecidam-e-encerrado-apos-prescricao-sem-condenacoes.html 8 – http://www.revistaforum.com.br/2014/10/20/provas-da-compra-votos-pela-reeleicao-de-fhc-eram-cabais-conta-jornalista/ 9 – http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1778954-em-video-cervero-diz-que-filho-de-fhc-serviu-como-pressao-por-contrato.shtml Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2016 Emanuel Cancella é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

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