quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A Diferença entre Cristãos e Hipócritas

A Necessidade de Fazer Diferença entre os que dizem que são verdadeiros crentes e os que são hipócritas

Existe uma necessidade de distinguir tudo o que é verdadeiro daquilo que é falso. Quando os Coríntios pediram ao Apóstolo Paulo uma prova de que Cristo falava através dele, a prova que ele lhes forneceu era a mesma prova que eles tinham que estavam na fé (II Cor 13:3-6). Ele os instruiu: "examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos." Se eles pudessem distinguir, nas suas próprias vidas, as marcas de um Cristão, eles poderiam reconhecer as marcas de que Cristo falava através dele. Paulo está ensinado-nos que se podemos ter a certeza de que somos em Cristo, da mesma maneira, podemos saber se alguém outro é verdadeiro ou falso.

A nossa fé precisa ser firmada. O Apóstolo Pedro relata aos que alcançaram a fé a necessidade de firmar a nossa vocação e eleição aos que estão ao nosso redor, tanto crentes como incrédulos (II Ped 1:10). Firmar a nossa fé aos outros faz com que alcancemos a confiança em Cristo a ponto de sermos confortados e fortificados a fim de não fazermos desgraça na vida cristã. (Gill).

Existe grande número de enganadores no mundo. Se no tempo do Apóstolo Paulo existiam obreiros fraudulentos (II Cor 11:13) e se os dias estão piorando cada vez mais (II Tim 3:13; Mat. 24:24), como não os teríamos, hoje em dia, em número crescente ao nosso redor? Satanás pode se transformar em um anjo de luz (II Cor 11:14) e, como ele, por que não podem os seus ministros (II Cor 11:15)?

Não podemos confiar em nosso próprio coração. Quem confia no próprio coração é insensato (Próv. 28:26). Ele nos engana por sua própria natureza (Jer 17:9) e pela natureza do pecado (Heb 3:12-14) que habita em nossos membros (Rom 7:23).

O julgamento final conduz a conseqüências eternas (Apoc 20:11-15; Luc 16:26) e isso pede uma certificação antes desse dia (Mat. 7:21-23). Há galardões a serem ganhos pelos Cristãos (I Cor 3:13-16) e posições a serem gozadas na presença de Cristo (Apoc 17:14) que mostram a necessidade da certeza de que se possui Cristo e não só se professa Cristo.

É certo que nem todo aquele que diz "Senhor Senhor!" entrará no reino dos céus (Mat. 7:21), que nem todos os que são de Israel são israelitas (Rom 9:6; Isa 48:1) e que nem todos os que têm zelo de Deus têm entendimento (Rom 10:1-3). Por isso, existe a necessidade de determinar a diferença entre os hipócritas e os verdadeiros.
 
 




As Diferenças Notáveis

A Piedade

Tito 2:11-15
A piedade entre os verdadeiros Cristãos é uma marca distinta. Não são todos os que querem viver piedosos. Para se viver piedoso são necessárias renúncias. Essas renúncias começam bem perto do coração. A primeira coisa a que devemos renunciar é o que antes nos dava tanto prazer: a impiedade e as concupiscências mundanas (Tito 2:12). A impiedade é entendida como pecado, especialmente aquele que nos condena primeiro: o de não amar a Deus sobre tudo (Mar 12:30). As concupiscências são tudo o atrai a carne: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I João 2:16). Essa renúncia é séria. É de negar, abnegar, abjurar (Strongs, #720), é de sacrificar-se ou mortificar-se em beneficio de Deus (Dicionário Aurélio Eletrônico). Só tendo a renúncia é que se pode ter a piedade, pois não existe meio-termo com Deus (Mat. 6:242; 12:30). Jesus pregava a renúncia desde o princípio do Seu ministério (Mat. 16:24-27; Luc 14:26,27).

Uma das razões, pela qual a piedade não é tão atrativa, é a perseguição que ela nos traz.(II Tim 3:12; Mat. 10:25).

Os únicos que podem viver piedosos são os verdadeiros Cristãos, pois piedade não é obra da carne, esforço humano, mas obra de Deus sobre eles (Fil. 1:6; 2:13; 4:13).

Há muitos que aparentam ser piedosos, mas poucos que são puros de coração, e, são somente estes que "verão a Deus" (Mat. 5:8).



O Crescimento na Graça

II Pedro 3:18
Sabemos que a graça é o favor desmerecido e imerecido de Deus (Favor dispensado ou recebido; mercê, benefício, dádiva. - Dicionário Aurélio Eletrônico). Sabemos que somos salvos pela graça que é evidenciada através da fé (Efés 2:8,9), mas poucos sabem que têm a responsabilidade pessoal de crescer nessa graça.

Uma marca de algo vivo é mudança, amadurecimento ou crescimento. Era desejo de Pedro ver os seus crescerem na vida cristã (II Ped 1:2; I Ped 2:2). Crescimento na graça é desejo e propósito do ministro que Deus coloca na igreja (Efés 4:15).

A graça de Deus é manifestada, primeiramente, por nossa mudança de entendimento de que somos pecadores e inimigos de Deus ao conhecimento íntimo da misericórdia de Cristo para a salvação. O crescimento da graça no crente, leva-o a continuar crescendo em entendimento e capacidade espiritual.

A capacidade espiritual é vista em menor confiança no que é visível (capacidades humanas e qualidades carnais) e maior confiança no que é espiritual (capacidades invisíveis e qualidades divinas - Fil. 3:8-10). É sutil esse crescimento, mas verdadeiro e constante. É como a semente lançada à terra que verdadeiramente, brota e cresce, mesmo que não saibamos como (Mar 4:26-29) ou como o homem que desde seu nascimento se modifica até tornar-se adulto (I João 2:12,13).

A graça se expressa pela fé, virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal e divino (II Ped 1:5-7). Essas graças podem aumentar (Rom 15:13; II Cor 8:7; II Tess 1:3; Tiago 1:4) e aumentam através do poder do Espírito Santo (Rom 15:13).

Mesmo que o crescimento na graça ocorra através do poder divino, somos instruídos a crescer na graça (II Ped 3:18). Esse crescimento findará em uma sensibilidade maior às obras e desejos de Deus que às obras do mundo. Se temos responsabilidade de crescer na graça, devemos ter os meios para atingirmos esse fim. Esses meios são: a oração, diligência à Palavra de Deus, lembrança das promessas de Deus e um olhar mais fixo em Cristo - a Sua vida, exemplo, obediência e palavras.

Aqueles que têm somente a confissão, e não a possessão, têm só regras (Col 2:20-23) e formas (II Tim 3:5) que servem de aparências e modos de vida. Aquele que apenas tem uma confissão pode ser moral e, assim, confundir os que não entendem o que é a graça verdadeiramente, mas a pessoa apenas moral nunca finda na conformidade da imagem de Cristo ou amor à Palavra de Deus.

O propósito do crescimento na graça é o nosso bem (resistência melhor ao maligno, pureza de vida) e a Sua glória (luz de testemunho maior, adoração mais pura - Rom 8:28,29). Os que crescem na graça são proveitosos aos crentes, ao mundo pela obra da igreja e brilham mais e mais para a glória de Deus (II Cor 3:18).

Não são estas razões suficientes de verificarmos que somos em Cristo verdadeiramente?

Arrependimento Verdadeiro

II Cor 7:10
Os salvos ou aqueles que pretendem ser salvos, certamente compreendem o sentido da palavra ‘arrependimento’. Não há salvação verdadeira sem arrependimento (Heb 12:14). Devido o arrependimento ser um elemento básico para a salvação, os hipócritas buscam ter uma aparência de arrependimento. Eles agem dessa maneira, ou para enganar os outros ou porque não conhecem o verdadeiro arrependimento. Existe tristeza segundo Deus e há tristeza do mundo. Podemos distinguir a tristeza, segundo Deus e, segundo o mundo. A primeira conduz à salvação e o segundo, à morte. Convém distinguir as diferenças e, assim, concluir que o arrependimento verdadeiro é uma marca presente naqueles que possuem a salvação verdadeira.

O arrependimento verdadeiro é marcado por cinco distinções. Essas marcas podem ser vistas claramente em I Reis 8:47-50.

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