terça-feira, 26 de julho de 2016

PMs suspeitos de sequestrar atleta neozelandês no Rio são presos

A Polícia Militar (PM) prendeu administrativamente dois policiais militares suspeitos de terem sequestrado e extorquido o lutador neozelandês de jiu-jitsu Jason Lee. O crime aconteceu no último sábado (23), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando o rapaz retornava de uma competição em Resende, no sul do estado.
Os policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) estão à disposição da Corregedoria Interna da PM. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o caso está sendo apurado e se alguma conduta inadequada for comprovada, os policiais serão submetidos a processo administrativo disciplinar e podem ser expulsos.
A PM informou que “não tolera desvios de conduta e atos como esse entristecem os quase 50 mil policiais militares honestos que combatem o crime diariamente”, diz a nota.
A Polícia Civil investiga o caso através da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat).
Versão do atleta
Jason Lee está treinando no Brasil há dez meses, mas não participará dos Jogos Olímpicos do Rio
Jason Lee está treinando no Brasil há dez meses, mas não participará dos Jogos Olímpicos do Rio
O neozelandês, que vive há dez meses no Rio, não participará dos Jogos Olímpicos do Rio, segundo o site ‘Terra’. Ele contou que os policiais o levaram a caixas eletrônicos, para que sacasse dinheiro e pagasse um suborno aos agentes.
Por meio de sua rede social, Jason disse que os PMs o abordaram e o ameaçaram com prisão, caso ele não entrasse no carro da polícia.
“Ele disse que eu não poderia dirigir no Brasil sem passaporte. O que agora eu sei que não é o caso. A empresa que eu aluguei o carro não havia mencionado este fato para mim. Então, o homem abriu um livreto para me mostrar as regras, que estavam escritas em português”, afirmou Lee, em entrevista ao ‘Stuff.co.NZ’, um portal de notícias da Nova Zelândia.
Nesta segunda-feira (25), Lee voltou a comentar o caso. No Twitter, o atleta disse que comunicou a embaixada da Nova Zelândia.
“A Polícia Militar apareceu no meu apartamento de forma inesperada. Eu recusei a entrada deles, liguei para a embaixada e estou aguardando pela Polícia Civil. Estamos trancados no meu apartamento esperando as coordenadas do embaixador da Nova Zelândia. A Polícia Militar foi embora. Agora, estou aguardando pela chegada da Polícia Civil”, escreveu em sua conta no Twitter.
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